Aquisição da Liquigás pela Ultragaz enfrenta pressão de terceiros e Cade deve barrar negociação
Enquanto o Grupo Ultra se esforça para contornar preocupações concorrenciais e obter a aprovação da compra da Liquigás pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), concorrentes do setor intensificaram a pressão para que o negócio seja barrado. Terceiros interessados no caso reiteraram suas preocupações com a ineficácia de remédios antitruste em recentes trocas de e-mail.
O caso é importante tanto para a estatal – que está em processo de desinvestimentos de ativos não estratégicos – quanto para o Grupo Ultra, que se isolará na liderança com essa transação e já teve barrado outro importante negócio pelo órgão antitruste – a compra da rede de postos Ale pela Ipiranga, em agosto passado.
A complexidade da aprovação da compra esbarra em questões que vão desde o uso de vasilhames para comércio de gás de cozinha à já robusta rede de operação das partes. A operação entre as distribuidoras de gás é considerada complexa ainda por causa da alta concentração de mercado em algumas regiões do País.
A tendência é que o Cade barre o negócio entre Liquigás e Ultragaz, mas alguns conselheiros são favoráveis à aprovação do acordo, só que com fortes restrições. A pauta da sessão de julgamento da quarta-feira (28) foi divulgada nesta quinta-feira, 22, no Diário Oficial da União (DOU). A sessão terá início às 10 horas.