No dia 19/06, a BR, cumprindo acordo assinado com o Sipetrol-SP, pagou a participação nos resultados. No acordo, caso todas as metas fossem cumpridas e mesmo que a empresa não apresentasse lucro, seria pago a metade do valor da PLR pago no ano anterior mais meia remuneração percebida pelo empregado em 31/12/14.

O Brasil e a Petrobras

A Petrobras sobrevive ao maior ataque de sua história, e por que deste ataque?
Sempre ocorrem, na história das Américas, que o local com maior profusão de riquezas fosse o mais atacado, ao ponto de hoje ser um berço de miséria.

As minas de Potosi, onde a prata ergueu templos e palácios, derramou sangue e incendiou a cobiça, espoliada de suas riquezas, só restou a fome. Ouro Preto, Diamantina, cidades riquíssimas, hoje vivem do turismo.

A avidez com que o capital transnacional ataca os países da América Latina não mudou; o que mudou foi a forma de acesso, às informações que são passadas à população.
Economistas (bem pagos por seus patrões) vão à frente da tela da televisão e dizem que a Petrobras não pode operar o pré-sal por não ter dinheiro em caixa e que esse petróleo ao preço que está não dará lucro. E logo após, como num passe de mágica, a Total, empresa de petróleo que nem atua no Brasil, começa a fazer propaganda na Globo.

As elites brasileiras querem voltar ao que era antes dos governos progressistas, que em 12 anos tirou milhões de brasileiros da miséria e os elevaram à nova classe média.
Isto assusta.

“Na época dos milicos, o marechal Castelo Branco, assaltante do poder em 1964, entregou as esplêndidas jazidas de ferro do vale do Paraopeba à empresa Hanna Minnig Co. (EUA). A experiência do ouro perdido em Minas Gerais – ouro branco, ouro negro, ouro podre, escreveu o poeta Manuel Bandeira -, como se sabe, não serviu para nada: o Brasil continua se desfazendo gratuitamente de suas fontes naturais de desenvolvimento.”(Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina).

É deprimente ver um exército de marionetes pedindo o impeachment da Presidente ou a volta de uma ditadura, na maioria pessoas que não conhecem a história do Brasil e das Américas e agem como torcidas de futebol (caso meu time perca, posso tentar o tapetão), ou mal intencionadas.

O que vejo de positivo em tudo isso que estamos vivenciando é a procura de mais informação, cabe procurar nos mais diversos meios, pois “Se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo.”(Malcom X ).
Por: Marcos Creque