Reajustes do gás para indústria e comércio acumularam alta de 34%, diz Sindigás
Ao contrário do setor residencial, que a partir de agora terá reajustes trimestrais, os consumidores industriais e comerciais do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vão continuar com imprevisibilidade em relação ao preço do combustível e cronograma de revisões. De junho do ano passado até dezembro, os reajustes médios da Petrobrás nesse segmento somaram 34%. A constatação é do próprio sindicato patronal, o Sindigás.
Segundo o Sindigás, a sequência dos aumentos teria abalado o caixa dos empresários que dependem do combustível para produzir, provocando uma queda de 1,44% no consumo do gás até novembro do ano passado.
No fim, uma coisa é fato: o trabalhador e o consumidor final são os que ficam com o prejuízo. Os patrões do Sindigás no meio do caminho não estão tirando do bolso com essa sucessão de aumentos, e ainda tentam se beneficiar de uma reforma trabalhista absurda, que retira direitos dos trabalhadores.
Mas a escalada dos preços realmente chega num momento delicado da economia e do setor empresarial, que tenta se recuperar das lambanças do governo golpista.
As empresas reclamam de um cenário complicado e sem muitas alternativas. Se de um lado o preço do gás não para de subir, a outra opção é enfrentar o encarecimento da energia elétrica. No passado, como o preço da eletricidade estava muito alto, alguns estabelecimentos converteram os equipamentos para gás, que era mais vantajoso por causa do preço. Hoje, no entanto, alguns pegam o caminho inverso.
Atualmente há dois grandes segmentos de GLP. O P-13 é o botijão de 13 quilos vendido para o consumidor residencial. O industrial e comercial usam o gás a granel, aqueles botijões maiores, fixos e que são abastecidos localmente.