SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.495, diz Dieese

Mensalmente, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estima o valor do salário mínimo necessário com base na cesta mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em janeiro de 2021, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ R$ 5.495,52, o equivalente a 5 vezes o mínimo já reajustado, de R$ 1.100.

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE, indicaram que, em janeiro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%). O valor da cesta apresentou redução em quatro capitais do Nordeste: Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%).

Em São Paulo, capital onde a cesta apresentou o maior preço, o custo ficou em R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro de 2020. Em 12 meses, o valor do conjunto de alimentos subiu 26,40%.

Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário foi equivalente a R$ 5.495,52, o que corresponde a 5 vezes o mínimo já reajustado, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em janeiro, foi de 111 horas e 46 minutos, menor do que em dezembro, quando ficou em 115 horas e 08 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% para a Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em janeiro, na média, 54,93% do salário mínimo líquido (reajustado em janeiro) para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em dezembro, o percentual foi de 56,57%.

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