Todos contra a terceirização
Como será o futuro? O que acontecerá com a economia nos próximos anos? Teremos menos corruptos no Brasil? Conseguiremos diminuir a violência? Haverá trabalho digno para todos? Teremos recursos naturais suficientes?
Com certeza estas são questões que nos levam a uma pergunta de caráter muito mais íntimo: Como estará o mundo onde nossos filhos e netos viverão? Tão relevante quanto questionarmos como será o futuro, é questionarmos o que estamos fazendo para construí-lo.
Em momentos de crise, como os que vivemos, poucas decisões são tão importantes como a de investir naqueles que lutam pela manutenção dos nossos direitos trabalhistas. Todos nós precisamos de trabalho e as futuras gerações também precisarão, mas não podemos voltar a ser escravizados.
Nesse contexto de crise que o Brasil vive, estão previstas ações danosas contra os trabalhadores, como: liberar a terceirização da atividade-fim, ou seja, poderão existir empresas sem empregados próprios, funcionando apenas com terceirizados. Também estão querendo fazer a reforma da previdência, que elevaria a idade das aposentadorias para os 70 anos.
Em ambos os casos, são medidas extremamente desfavoráveis para os trabalhadores e ao equilíbrio das contas públicas, pois como bem sabemos, os trabalhadores terceirizados ganham menos, trabalham mais, não tem benefícios, como vale-refeição, cesta-básica, assistência médica, etc.
E num cenário de baixos salários, o que vai acontecer com a previdência pública? Vai quebrar, pois sua arrecadação vai ser reduzida, pois quanto menor o salário, menor será a contribuição das empresas e dos trabalhadores, sem falar no aumento da sonegação e no crescimento no número de pessoas que vão optar em trabalhar na informalidade, pois quem estará disposto a contribuir com o INSS, sabendo que só poderá se aposentar aos 70 anos?
O impacto na atividade econômica do país também será terrível, pois com os trabalhadores dedicando mais horas para o trabalho e ganhando menos, o consumo vai cair e, consequentemente, a demanda também. E caindo as vendas, cai a produção e a arrecadação. Enfim, será um círculo desastroso para toda a sociedade e para o estado brasileiro.
Com base nessa reflexão, o sindicato recomenda que reflitam muito nas próximas eleições. Apesar de serem de âmbito municipal, através das urnas, nós trabalhadores poderemos dar um importante recado aos políticos. E como faremos isso? Não votando em candidatos ou partidos que defendam a terceirização!
Diga NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!
Pense no seu futuro e nas futuras gerações.
Por: Wagner Silva