Veja como foi a difícil negociação com a BR Distribuidora:

• Dia 30/07, entrega da pauta de reivindicações à GRH/BR

• Dia 8/08, reunião quadrimestral de acompanhamento do ACT 2012/2013. Nesta reunião, no oitavo ponto de nossa pauta do quadrimestral, solicitamos um “Calendário
negocial do ACT 2013/14”, e enumeramos
como pontos centrais o ATS, Cesta Básica, Regime de Turno e Plano de Cargos e Salários, pois se tratam de assuntos exclusivos da BR
e não do sistema Petrobras.

• Dia 13/09, primeira rodada de negociações para a celebração do ACT 2013/14. Nesta, as entidades sindicais reforçaram a solicitação
da reunião anterior, para que a primeira
rodada de negociações não se limitasse à fundamentação da pauta, pois os itens já são suficientemente conhecidos pela Cia., e cobramos respostas para os itens específicos
da BR, uma vez que o avanço do mercado de distribuição de combustíveis foi superior ao avanço do PIB brasileiro, destacando o crescimento da BR em termos de volume de venda e de lucratividade. E destacamos novamente a equiparação da tabela de ATS praticada pela BR à da Petrobras, melhoras na cesta básica, no seu valor e abrangência, no regime de turno e revisão do plano de cargos e
salários.

Nesta reunião os representantes da Cia. somente ouviram, empurrando com a barriga toda a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

• Dia 2/10, o Sipetrol protocolou na BR ofício informando sobre protesto no Terminal de São Paulo (Tespa), bases de Guarulhos (Baguar)
e Barueri (Baeri), marcado para os dias 5 e 6/10, com paralisação total das atividades.

• Dia 3/10, a BR responde o oficio do sindicato através do oficio GRH-32/2013, pedindo que o protesto não seja realizado.

• Dia 5/10: o protesto começa à 0h, com participação da maioria esmagadora dos trabalhadores e paralisação total das bases.

• Dia 5/10, às 7h30, após contatos que duraram toda a madruga, a empresa encaminha e-mail para os dirigentes sindicais com a indicação de “Realizar reunião de negociação com a bancada das Federações na
semana de 14 de outubro (data exata a ser definida em comum acordo); Na referida reunião, apresentar para apreciação das entidades sindicais a proposta completa da Cia., inclusive sobre os itens pontuados como relevantes…”.

• Dia 5/10, após recebimento do documento enviado pela Cia. os trabalhadores foram informados e aceitaram a proposta de paralisação dos protestos.

• Dia 18/10, apesar de avanços a proposta da Cia. ficou muito abaixo das expectativas e foi recusada em mesa pelos representantes dos trabalhadores.

• Dia 6/11, após um dia de intensas negociações e alguns avanços, os representantes dos trabalhadores não aceitaram a proposta da Cia. e deixaram mais uma contra proposta:

– ATS – Implantação da tabela do ATS sem o escalonamento e o teto de valores nominais.

– Regime 4×3, continuar a negociação após o fechamento do ACT.

– Cesta básica, reajuste de 8,56%.

– Vale refeição, reajuste de 10,24%.

– PCAC – promoção automática de pleno para sênior no nível médio.

– Pagamento de adicional de 100% para todas as horas extras realizadas.

– AMS – A discussão da nova tabela ocorra na Comissão de AMS para implantação a partir de 1/7/2014, mediante o Termo Aditivo ao Acordo
Coletivo.

• Dia 8/11, a Cia. se posiciona e apresenta a sua proposta final.

PROPOSTA APROVADA PELO CONJUNTO DOS TRABALHADORES

ATS – Nova tabela com escalonamento por 5 anos e teto de valores
nominais.
• PCAC – promoção automática de pleno para sênior no nível médio.
• Pagamento de adicional de 100% para todas as horas extras realizadas.
• Cesta básica no valor de R$ 319,88 com limite de salário básico de R$
4.039,78.
• Gratificação contingente de 100% de uma remuneração ou R$ 7.200,00,
o que for maior.
• Reajuste do vale-refeição/alimentação em 10,24%, sendo o valor unitário
de R$ 42,62.
• Reajuste das tabelas de Remuneração Mínima por Nível e Regime –
RMNR em 8,56%.
• Reajuste das tabelas salariais em 6,09%.
• PLR, pagamento nas mesmas condições da Holding em até 7 dias úteis
após a data de pagamento na Petróleo
Por: Marcos Creque